Nesta quarta-feira (12), a equipe do Centro Regional de Referência em TEA – CRR APAE de Passo Fundo realizou uma capacitação on-line para o grupo técnico do governo do Estado, que compreende profissionais da saúde, educação, assistência social e direitos humanos. O tema é a Escala Mini-TEA, que foi desenvolvida pelo CRR para a triagem de crianças entre 2 anos e meio e 12 anos quanto à possibilidade de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Conforme a coordenadora do Centro, Regina Ampese, a agenda foi proposta pelo próprio Poder Executivo, com o objetivo de difundir a Mini-TEA em todo o Rio Grande do Sul. “A Escala deve auxiliar nos rastreios de casos de TEA e melhorar a organização da rede quanto ao diagnóstico de autismo. É importante destacar que ela não dá o diagnóstico, mas o direcionamento correto dos casos para os locais onde eles precisam ser realmente atendidos”, frisa.

Na capacitação, os participantes se apropriam do instrumento e de sua habilitação. A Escala Mini-TEA consiste em um questionário simples e rápido direcionado aos familiares de crianças na faixa etária dos 2 anos e meio a 12 anos. É composto por 48 perguntas de “sim” e “não” que geram um escore (soma) com ponto de corte com alta sensibilidade (capacidade de detecção) de TEA e, ainda, consegue excluir dois terços das crianças que não têm autismo da fila de avaliação.

Em paralelo, o CRR APAE de Passo Fundo realiza treinamentos sobre como utilizar a Mini-TEA para os centros macrorregionais do programa TEAcolhe. “Essas formações vão impactar toda a rede, principalmente as de saúde e de educação”, conta Regina. A Mini-TEA também deu origem ao primeiro estudo de frequência de Transtorno do Espectro Autista (TEA) do Brasil, realizado em Coxilha, no Rio Grande do Sul. A pesquisa apontou que a cada 30 crianças uma tem autismo. Em breve, o estudo se espalhará para todo o estado.