“Inclusão pelo esporte – Bocha Paralímpica” é o projeto mais recente da APAE de Passo Fundo. A iniciativa, que tem um pouco mais de dois meses, conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte e visa a melhoria das capacidades físicas e habilidades motoras de pessoas com deficiência. São ao todo 24 alunos, desses 16 são usuários de cadeira de rodas. Eles são divididos em turmas, de segunda a quinta-feira.

A bocha adaptada, como também é conhecida, já era desenvolvida na instituição, mas com poucos recursos. Agora conta com uma quadra especial, equipamentos novos, como bolas de bocha e calhas, e dois profissionais, um de educação física e um de fisioterapia, para o desenvolvimento integral dos participantes. O fisioterapeuta Juarez Moraes Júnior conta que, em pouco tempo de projeto, já nota evoluções nos alunos, especialmente nos da categoria BC3, que são aqueles com maior grau de comprometimento motor: “Eles já estão pegando mais direcionamento de mira e conseguindo atingir mais o objetivo do jogo. Conseguimos perceber mais mobilidade e músculos mais soltos. Todos ganharam alguma melhora nesse período”.

Além dos benefícios na reabilitação, o esporte contribui com a efetivação de direitos. Conforme o professor de educação física Alexandre da Luz de Oliveira, o foco do projeto é a inclusão, por isso, abrange crianças, jovens e idosos com deficiência física e/ou intelectual. Oliveira também acredita que o projeto vai ajudar no desempenho dos atletas que já competem pela APAE nesta modalidade, seja em nível regional ou estadual.  “A bocha paralímpica está sendo bem importante para todos os participantes e, agora, com essa aquisição de materiais, vamos conseguir alavancar um pouco mais a atividade no âmbito profissional”, destaca. Para o ano que vem já estão agendados diversos campeonatos de bocha.