A presidente da APAE, Maria do Carmo Ortolan Grazziotin, e a coordenadora do projeto Viveiro de Cidadania, Maria Carolina Rovani falaram sobre o tema no Programa Uirapuru Ecologia de sábado (10).
Há alguns anos a APAE de Passo Fundo vem adotando práticas sustentáveis que, além de representarem um ganho enorme no aspecto ambiental, têm impacto direto na redução de custos da Instituição. A primeira medida foi a instalação de 85 painéis fotovoltaicos, em uma parte do telhado da sede da Instituição, em 2019. O sistema de energia solar trouxe uma redução no valor da conta de energia elétrica de 85% ao mês. Além da economia, proporciona a produção de uma energia limpa e sustentável.
Nesse ano a APAE se uniu à Cooperativa Cotrijal para criar o Viveiro de Cidadania, que funciona junto ao pátio da Instituição. O projeto acolhe inicialmente 20 usuários das oficinas da Assistência Social da APAE e os coloca no mercado de trabalho como funcionários da cooperativa, com o foco na produção de mudas de árvores nativas para o reflorestamento. As atividades práticas envolvem semeadura, irrigação, poda e acondicionamento das plantas.
A iniciativa partiu da Cotrijal que desejava reativar o trabalho com um viveiro que a cooperativa mantinha antigamente para produzir mudas para os associados. O termo de compromisso entre Cotrijal e APAE foi assinado durante a Expodireto Cotrijal de 2020. Já a inauguração do espaço aconteceu em junho deste ano. Hoje o viveiro conta com 10 mil mudas de eucalipto, ipê-roxo e amarelo, angico, pitanga e guajuvira.
Ainda na área de sustentabilidade, a APAE possui dois projetos em parceria com o Escritório Escola de Engenharia Civil da Universidade de Passo Fundo (UPF). O primeiro deles já está em fase de construção, que é a “Horta Elevada”. O objetivo é ampliar o fornecimento de dietas nutritivas aos usuários, por meio da produção de legumes e verduras. O diferencial desta para outras hortas é que ela será elevada para oportunizar que pessoas com mobilidade reduzida façam parte das atividades no local. A obra foi iniciada na segunda semana de junho deste ano e o prazo de conclusão é de três meses.
O segundo é a implantação de um sistema de coleta e reutilização de água da chuva. O projeto estrutural ainda será desenvolvido pela UPF. A ideia é reutilizar a água da chuva com finalidade não potável em 45 bacias sanitárias, tanque, máquinas de lavar roupa e torneiras para uso de jardinagem.