Depois de mais de um ano com atividades à distância, a Escola Especial O Sorriso de Amanhã, da APAE de Passo Fundo, se prepara para o retorno das aulas presidenciais, que deve acontecer na próxima segunda-feira (17). Para a retomada, a Instituição precisou apresentar o Plano de Contingência para Prevenção, Monitoramento e Controle da Transmissão de Covid-19 ao Centro de Operações de Emergência em Saúde e Educação (COE-E Municipal).

A diretora Eliz Roberta Kuhn conta que a Instituição organizou um cronograma para a volta gradativa dos alunos, respeitando o limite máximo de pessoas nos ambientes. Por enquanto, o transporte será feito pelo micro-ônibus da APAE, também observando os 50% da capacidade total de lotação. “A primeira semana será diferente, de adaptação à nova rotina. Iniciaremos com as atividades três vezes por semana, com, no máximo, 12 alunos por turno, sendo quatro por monitor. Progressivamente aumentaremos o número de alunos e a frequência na escola”, explica.

De acordo com o Plano de Contingência, as aulas presenciais terão três horas de duração, com escala de horários para lanche e intervalo. Os primeiros a serem chamados serão aqueles que possuem permissão das famílias. Os demais seguirão recebendo atendimento remoto, com envio de atividades e aulas on-line. “Elaboramos um plano de avaliação e sondagem que será aplicado nesse retorno para verificarmos o que precisa ser recuperado”, destaca a diretora. Ao todo são 92 alunos divididos entre os Ciclos de Aprendizagem (dos seis aos 14 anos) e a Educação de Jovens e Adultos (acima dos 15 anos).

 A responsável pela escola ressalta que as aulas presenciais são importantes para o progresso da aprendizagem, bem como para a socialização e desenvolvimento da autonomia. Mas ressalta que o ensino à distância também trouxe avanços. “Alunos com dificuldades de se adaptar ao ambiente escolar apresentaram mais dedicação em casa com o auxílio dos familiares. Nesse período também estreitamos a relação com as famílias, que estão mais engajadas. A tecnologia nos proporcionou uma comunicação mais ágil e efetiva com elas”, destaca Eliz.

A perspectiva agora é que o uso da tecnologia permaneça como rotina na Instituição, na comunicação com as famílias e no atendimento remoto aos alunos que não conseguem ficar muito tempo na escola ou que estiverem afastados por questão de saúde.