A aplicabilidade e os primeiros resultados da Escala Mini-TEA nortearam o Encontro Estadual do Programa TEAcolhe, realizado na última sexta-feira (27), na Universidade de Passo Fundo (UPF).

O evento reuniu 415 profissionais que integram o programa do governo do Estado, mais representantes dos pontos focais que constituem as redes de Saúde, Educação e Assistência Social dos municípios em todo o Rio Grande do Sul. A organização é do Centro Regional de Referência em TEA APAE de Passo Fundo (CRR 17) e do Centro Macrorregional de Referência do Programa TEAcolhe – Região Norte.

A abertura contou com apresentação do Coral Nossa Voz, da APAE de Passo Fundo.

Escala Mini-TEA

A Escala Mini-TEA surgiu da necessidade de se melhorar o processo de triagem de crianças entre 2 anos e meio e 12 anos quanto à possibilidade de TEA. Ela é fruto de pesquisa realizada pelo CRR APAE de Passo Fundo, em colaboração com a Escola de Medicina da UPF e com professor da Unisinos. O documento foi entregue oficialmente à secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, e mais tarde, em um evento em Carazinho, ao governador Eduardo leite. Ambos receberam uma obra de arte da pequena Brenda Schutz em agradecimento ao Programa TEAcolhe. Brenda é uma das pacientes do Centro de Atendimento em Saúde da APAE de Passo Fundo – CAS.

Aplicabilidade e resultados

Além da aplicabilidade imediata como instrumento de triagem, a Escala Mini-TEA serviu de base para o primeiro estudo de frequência de TEA no Brasil, abarcando todas as crianças da faixa etária da escala em Coxilha, município dentro da região de abrangência do CRR 17. Os resultados preliminares apontaram 16 casos de TEA, sendo 15 meninos e 1 menina, num total de 474 crianças de 2,5 a 12 anos. Isso significa: 1 caso de TEA a cada 30 crianças (1 a cada 234 meninas; 1 a cada 16 meninos).

O CRR da 6ª Região de Saúde, de Igrejinha, também já aplica a Mini-TEA nos municípios de sua abrangência.