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O protagonismo dos profissionais de saúde na interface da família

  • 24/08/2020
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Escrito pela Psicóloga da APAE, Anna Caroline Ferrari e pela Psicopedagoga da APAE Regina Ampese, membros da Política de Saúde da Instituição

O desejo por um filho envolve muitos aspectos, desde a ideia de constituir uma família até a confirmação da gravidez ou a adoção. Planejada ou não, a chegada de um filho gera inúmeras mudanças na vida dos sujeitos envolvidos e o diagnóstico de uma deficiência acaba abalando os planos e sonhos que haviam sido construídos.

Surgem dúvidas, anseios e principalmente, medo, e, deste momento em diante, o papel dos profissionais da saúde é de suma importância para que a família e a pessoa com deficiência se sintam acolhidas e recebam os acompanhamentos e orientações adequadas para cada caso.

Os profissionais da saúde abrangem diferentes áreas: psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicopedagogia, medicina, odontologia, entre outras.

O
lhando assim, até parece um exagero de especialidades, mas é no dia a dia da família e das pessoas com deficiência que cada profissional da saúde, em suas diferentes especialidades, demonstra sua importância.

Em tempos de pandemia então, o acompanhamento especializado se reinventa e se torna ainda mais importante. As atividades antes realizadas na instituição tiveram de ser adaptadas e repensadas em meio online, através de vídeo chamadas, fotos, vídeos, elaboração de atividades que envolvem ainda mais a família, pois caberá a eles, a execução das orientações feitas pelos profissionais. Assim, se o papel da família já era importante antes, nestes novos tempos percebe-se que a interface entre os profissionais da saúde e a família é fundamental.

O olhar interdisciplinar em saúde, que já era essencial no atendimento às pessoas com deficiência em tempos ditos “normais”, se mostra imprescindível em tempos de pandemia e distanciamento social, onde o acesso às terapias e aos cuidados de saúde teve de ser repensado. Do mesmo modo, o protagonismo da pessoa com deficiência e seus familiares foi colocado em foco diante de rotinas e situações sociais que se modificaram, assim, garantir a ampliação do olhar com foco no cuidado da família é essencial, para que o processo de protagonismo traga menos sobrecarga.

As terapias, antes focais, ampliaram o olhar para a construção social de cada família, considerando e respeitando o entendimento de cada uma para a manutenção e melhora do quadro de cada paciente.
 


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